31 maio 2011

A Arte Paleocristã

Enquanto na roma antiga os artistas desenvolviam seu estilo grandioso, pela europa e parte da ásia, os cristãos (pessoas que acreditavam no ensinamento de Jesus Cristo) iniciavam uma arte simples sem grandes artistas surgindo assim a arte cristã primitiva.
A afirmação do estilo próprio cristão surge no início do séc II, presente em pinturas murais e catacumbas romanas, lugar de culto e refúgio dos cristãos. O nascimento de Jesus Cristo marcou uma nova era de um novo reino espiritual, abalando assim o poder romano, gerando várias perseguições à Jesus e seus seguidores.
Esse período ficou conhecido como primeira fase paleocristã definida como fase catacumbária, que recebe esse nome devido as catacumbas, cemitérios subterrâneos onde os cristãos celebravam seus cultos com pinturas simbólicas. Neste caso Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um círculo ou peixe, pois a palavra peixe, em grego ichtus, forma as iniciais da frase: “Jesus Cristo de Deus Filho Salvador, entre outros símbolos também.

Imagem de artista anônimo presente em uma catacumba, produzida durante a primeira fase da Arte Primitiva Cristã.

No ano de 313 d.C, com a legalização do Cristianismo surge assim a segunda fase da arte paleocristã, a fase basilical. As cenas religiosas decoravam os muros das igrejas para educar fiéis iletrados com um esquema de pintura e símbolos, de cores planas e perfis marcantes.
As basílicas cristãs são espaçosas pois, além de abrigar o maior número de fiéis também deveria ser vista como a casa de Deus. Antes vista como (tribunal, mercado, audiências etc), tanto gregos como romanos, adotavam um modelo de edifício chamado Basílica de origem Basileu=Juíz, lugar destinado ao comércio de assuntos judiciais. Com o fim da perseguição aos cristãos, foram cedidas algumas basílicas para que fossem usadas como local para celebrações, agora como uma necessidade arquitetônica cristã.


O Mosaico com origem na arte antiga foi muito utilizado em revestimentos de pavimentos trabalhado à base de pequenos cubos de mármore (tesselas), com pequenas variações de cores. Fato importante é que os desenhos dos mosaicos tinham a função de representar os símbolos da fé, além de ilustrar passagens do Velho e Novo Testamento, e sendo muito utilizado o vidro colorido também.

Iluminura é a arte de decorar textos sagrados utilizados sobre um suporte de pergaminho, papiro, apresenta assim uma rica variedade cromática com a utilização de prata, ouro e cores. Poucas são as iluminuras do paleocristianismo e o pouco que se conhece é a partir do séc V.


Na primeira fase as decorações eram figurativas ou ornamentais catacumbárias, na fase posterior com o advento do Cristianismo época em que poucas pessoas sabiam ler a Igreja recorreu à pintura e escultura para narrar suas histórias bíblicas, por isso está muito associada a arquitetura da época.

A pintura está muito presente através da técnica afresco (pintura sobre a parede úmida).

Um aspecto essencial da Arquitetura Cristã primitiva reside no contraste entre o exterior e o interior. O exterior de tijolo simples, foi intencionalmente deixado sem ornatos, pois é apenas uma carapaça lisa cuja conformação corresponde ao espaço interno.


Catacumba Domitilla

Logo, que entramos em contato com o interior de uma Basílica primitiva Cristã, deixamos para trás de nós todo o mundo cotidiano, e entramos num resplandecente domínio de luz e cor, onde as superfícies de preciosos mármores e a cintilação dos mosaicos evocam o esplendor do reino de Deus.

                            Basílica San Vitale de 548

A escultura religiosa para evitar o papel de idolatria, pôs de lado a representação da figura humana em tamanho natural e afastando-se da profundidade espacial das grandes dimensões da escultura greco-romana, para se concentrar nas formas de pouco relevo e escala reduzida, bem como na decoração à laia de renda das superfícies.
 
Escultura O Orante


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